Impermeabilização

As estruturas de concreto como lajes e paredes em subsolos, podem apresentar infiltrações por excessiva capilaridade ou por falhas de concretagem.

O concreto, assim como as alvenarias quando sujeitos à variação higrotérmica sofrem variações nas dimensões de seus materiais porosos, provocando fissuras em seu maciço. A variação de umidade na matriz de concreto, assim como nas alvenarias, gera retrações e expansões em seus maciços, provocando fissuras. Ocorre que o concreto, assim como, as alvenarias, constituem materiais que não resistem a tensões significativas de tração, resultando, portanto, em fissuração.

As estruturas de concreto e as alvenarias cerâmicas, comumente estão associadas como estrutura e vedação respectivamente. Ocorre que os dois elementos se comportam diferentemente, quando absorvem umidade. As alvenarias costumam expandir mais que os concretos. Portanto, esta diferença é que, normalmente, provocam fissuras. Sempre que os fenômenos associados acima ocorrem tem‐se um quadro de infiltração somatizada. O fenômeno da infiltração tende a agravar‐se ao passar do tempo, caso não haja nem um tipo de intervenção para corrigi‐lo.

Para este tipo de patologia nosso método de reparo e a completa recuperação das peças de concreto:

1. Eliminação do processo de corrosão das armaduras através de limpeza e aplicação de Proteção Catódica com anodos de sacrifício.
2. Injeção de resinas para preenchimento da capilaridade e todos os vazios que possam existir na estrutura.
3. Recomposição da peça com argamassas de alto desempenho e baixa permeabilidade.

Sistemas de injeção de resinas flexíveis e estruturais são empregados em obras de concreto armado e protendido no Brasil há décadas. Seu emprego se dá principalmente em obras hidráulicas, visando o tratamento das infiltrações através de fissuras e juntas (dilatação e concretagem) e a recomposição da monoliticidade da estrutura.

Injeção de resinas para recomposição da estanqueidade, faz-se necessário ao se promover a estanqueidade da estrutura e impedindo o aparecimento de novas infiltrações, garantindo padrões de durabilidade, funcionalidade e protegendo da umidade os ambientes internos. O selamento das fissuras é fundamental não somente para impedir a passagem de água, mas também que agentes agressivos ao concreto possam penetrar na estrutura provocando sua degradação.

Existe variedade de problemas que resumidamente prejudicam a ocupação e utilização do espaço, danificam instalações e causam desconforto ao usuário e podem ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Nas últimas décadas, a preocupação com a durabilidade das estruturas de concreto tem se tornado um tema bastante discutido. Várias pesquisas, simpósios, publicações periódicas e livros têm como assuntos as patologias e as metodologias de recuperação e proteção das estruturas de concreto armado e protendido.

Injeção de resina pode ser definida como um conjunto de sistemas injetáveis flexíveis ou rígidos que tem por finalidade reconstituir a estanqueidade e/ou a monoloticidade das estruturas de concreto.

Principais produtos para injeção:

– Poliuretano flexível;
– Poliuretano Rígido;
– Epóxi;
– Gel Acrílico;
– Microcimento (cimentício).

As injeções sempre são aconselhadas tecnicamente quando encontramos concreto fissurados das mais diversas origens e juntas (dilatação ou concretagem), principalmente, que apresentam falhas de funcionamento e permeabilidade à água ou a presença de outros elementos contaminantes à estrutura.

A resina por possuir baixíssima viscosidade permite à penetração na estrutura, selando a mesma, não permitindo a entrada de elementos contaminantes.

Os sistemas de injeções podem ser divididos em rígidos e flexíveis e os mesmos apresentam características distintas que podem ser utilizados de acordo com a manifestação patológica apresentada.

Recomposição estrutural:

O tratamento estrutural visa recompor as condições iniciais de suporte da estrutura e dos esforços resistentes do concreto estrutural. Para que a estrutura volte a ser monolítica, é necessária a injeção de materiais de altas resistências mecânicas nas fissuras das peças. Esses materiais são rígidos e, portanto, não podem ser aplicados em fissuras ativas. Resinas à base de epóxi, poliuretano rígido e microcimento são os materiais disponíveis atualmente para essa finalidade.

Impermeabilização e Selamento de Fissuras:

A impermeabilização visa tornar estanques as estruturas com vazamentos ou infiltrações por fissuras e juntas de movimentação. Os sistemas mais usados são à base de poliuretano hidroativado e gel de poliuretano. Um avanço mais recente são as injeções à base de gel acrílico, também conhecida como hidroestruturados, que forma uma membrana flexível, em pouco tempo devido ao rápido tempo de reação, impermeabilizando estruturas abaixo do lençol freático. Em casos de grandes vazões e elevadas pressões através de orifícios maiores os poliuretanos rígidos têm apresentado sucesso no estancamento das infiltrações.

Exemplo de Sistemática de Impermeabilização em Cisternas:

Aberturas na estrutura interna da cisterna corroboravam para a contaminação e perda de água.

Serviços de limpeza, recuperação estrutural, tratamento da corrosão (com anodo de sacrifício) e impermeabilização.

Situação da cisterna após a realização dos serviços.

 

SEQUÊNCIA EXECUTIVA:

– Checagem das superfícies para atestar sua solidez e presença de desplacamentos.
– Corte do concreto danificado.
– Impermeabilização da estrutura com injeção de resina de poliuretano hidroativado.
– Verificação do estado de corrosão das armaduras. Instalação de novas barras onde houver perda de seção superior a 10%.
– Aplicação de Proteção Catódica com pintura de Zinco Líquido ao longo de todas as superfícies comprometidas pelo processo de corrosão.
– Monolitização estrutural das trincas e fissuras existentes, com injeção de adesivo epóxico estrutural.
– Hidrojateamento das superfícies internas da cisterna.
– Aplicação de argamassa cimentícia em traço estrutural, com pega rápida.
– Fresagem das superfícies.
– Aplicação de sistema impermeabilizante epóxico ou cimentício, nas paredes, fundo e teto da cisterna.